A erupção vulcânica submarina ocorrida no arquipélago de Tonga (175,4° W; 20,6° S) no dia 15 de janeiro de 2022, às 4h15 UT (17h15 LT) gerou uma quantidade enorme de energia a ponto de injetar uma grande quantidade de matéria para a atmosfera superior e ter gerado Tsunami como apresentando na Figura 1.
![](http://www2.inpe.br/climaespacial/portal/wp-content/uploads/2022/02/tonga1.png)
Fonte: https://www.nesdis.noaa.gov/news/hunga-tonga-hunga-haapai-erupts-again
No sul do Oceano Pacífico foi observado ondas de mais de um metro de altura devido ao Tsunami. Após 13 horas da erupção, as ondas do tsunami chegaram à costa sul do Chile por volta das 17h UT como apresentando na Figura 2. A Figura 2 apresenta oscilações devido ao Tsunami medido pela boia oceânica de Bahia Mansa, Chile a partir das 17h UT. Como consequência, o tsunami provocou ondas de gravidade na atmosfera local que se propagaram até 200-300 km de altitude, perturbando, assim, a ionosfera.
![](http://www2.inpe.br/climaespacial/portal/wp-content/uploads/2022/02/tonga2-1024x512.png)
Fonte: http://www.ioc-sealevelmonitoring.org/station.php?code=bmsa2
A Figura 3 apresenta mapas de Conteúdo Eletrônico Total (TEC) perturbado sobre a América do Sul para o dia 15 de janeiro de 2022, às 18h38 UT. Na Figura 3 é observado estruturas ondulatórias (regiões vermelhas e pretas) sobre o Chile e Argentina se propagando na direção nordeste e que também se propagaram para toda a América do Sul.
![](http://www2.inpe.br/climaespacial/portal/wp-content/uploads/2022/02/tonga3-1024x866.jpg)
Vale salientar que os dados do Conteúdo Eletrônico Total perturbado são calculados pelo Embrace através dos dados da rede de receptores GNSS espalhados sobre a América do Sul.
(Autoria: EMBRACE/INPE, 21/02/2022)